Visita de Lorena Oliveira a sede da Ama-me
💞 A Lorena tem 26 anos e é paciente da Ama-me. Dias atrás ela foi à sede da Ama-me com o objetivo de ler uma carta de agradecimento 💌 para o Dr. Leandro Ramires, diretor médico e científico da entidade.
A história de Lorena com a Cannabis Medicinal
🥲 A Lorena foi diagnosticada com neurofibromatose aos 8 anos e, aos 15, descobriu que a doença havia se tornado maligna. Por incontáveis vezes, foi levada de casa para o hospital sem que a família tivesse certeza de que estava viva. Ela e uma amiga, diagnosticada com um osteosarcoma, faziam parte de um grupo de pacientes do Hospital das Clínicas🏨. Em 2014, as duas já sonhavam em usar cannabis medicinal 🌱 para conquistar qualidade de vida.
😓 Nesta época, Lorena sentia intensas dores que, numa classificação de 1 a 10, ultrapassavam o placar máximo. “Meu pai já me tirou do meu quarto parecendo morta”, conta.
💦 Nessas crises, Lorena se desidratava, suava muito. Seus batimentos cardíacos iam a 150 e a pressão caía demais. Chegou a tomar 130 comprimidos 💊 ao dia, num total de 20 medicamentos diferentes.
😖 “Eu não estava vivendo, estava sobrevivendo, e chegava a desejar a morte”, lembra.
🤯 Até que o médico dela falou sobre a possibilidade da cannabis medicinal 🌱. O tratamento começou em dezembro de 2020 e trouxe um grande alívio para ela e os seus. Em muitos anos, aquele foi o primeiro Natal em que ela pôde ficar na sala e confraternizar com a família.
💚 Hoje, Lorena, carinhosamente, chama o óleo de cannabis do “milagre no vidrinho” ✨.
⬇️ As dores que sente caíram para grau três ou quatro. E ela pensa em se formar, pois adoeceu aos 15 e não pôde terminar o segundo grau. Ah! Lorena também quer aprender a tocar violino 🎻. “Agradeço não só por mim, mas também pela minha mãe que usa o óleo para depressão. Também faço uso do óleo para depressão e me sinto muito melhor”, comemora 🎶.
Carta de Agradecimento da Lorena
Selfie de Lorena Oliveira
Primeiramente eu gostaria de agradecer ao senhor por enfrentar tudo pelo seu filho e agradecer por tudo que vc fez e por tudo que vc lutou por essa causa. Eu sei que sua motivação foi ajudar seu filho e estudando mais a fundo você viu a qualidade de vida de muitas pessoas poderia mudar com esse óleo.
Lá em 2014 já se falava em produtos de cannabis,me lembro de uma conversa que tive com minha melhor amiga que fiz no hospital sobre isso,sobre a qualidade de vida que poderíamos ter já que em nossa condição não poderíamos usar a maconha e nem queríamos isso mas sonhávamos com esse tratamento.
Já sabíamos que a canabis era ótima pra dor crônica e o nosso maior sonho não era nem ser curada do câncer mas sim da dor. Essa minha amiga partiu sem ver isso acontecendo mas sei que do céu ela tá muito feliz em me ver finalmente bem,finalmente com dor nota 4 já que antes nossa dor chegava a muito além da nota 10.
Eu digo isso sempre que hoje eu tenho qualidade de vida. Eu passava meus dias deitada na cama,gemendo de dor e chorando de dor,tinha intensas crises de vômito que tinha que ir pro pronto atendimento e infelizmente meu pai já me tirou do meu quarto parecendo morta. Branca,suada,fraca depois de intensas crises de vômito, desidratada,demaiada eles usavam o termo rebaixada com os batimentos a 150 e a pressão bem baixinha. Eu só queria que aquele sofrimento acabasse.
Eu cheguei a tomar 134 comprimidos ao dia eram mais de 20 remédios a maioria pra dor, cheguei a 90mg de morfina de 4/4h e antes de dar 4 horas eu tomava 5 morfinas a mais dependendo da minha dor ,usei adesivo de fentanil chegando a 2 ou 3 adesivos de 100mg tive inclusive que ter acompanhamento domiciliar com enfermeiros vindo a minha casa 3 vezes ao dia para aplicar morfina e remédios pra náusea.
Eu não estava vivendo eu estava só sobrevivendo. Ia pro pronto atendimento 4 vezes na semana as vezes voltava no mesmo dia passando mal de dor. Todas as enfermeiras me conheciam já sabiam até que remédios eu tomava e quantas mg eu precisava pra ficar bem. Ficava bem dolorida depois pq as enfermeiras tinham que subir no meu peito pra massagear e eu despertar do desmaio da dor. Eu chegava a desejar a morte de tanta dor que sentia,não desejo oque eu passei a ninguém.
Diversas vezes um tio me zoava dizendo que ia me dar um baseadinho pra eu ficar bem esse meu tio ficou tão feliz quando comecei o tratamento com canabis. Eu passei um inferno de 2013 a 2020 foi um inferno tomando altas doses de morfina mas sem sucesso no máximo nos dias muito bons minha dor caia pra 6 ou 7 nada abaixo disso era possível. A dor de um tumor não tem explicação e uma coisa de outro mundo mesmo com meus remédios eu não tinha alívio.
Eu cheguei a pedir pro meu médico amputar minha perna pois era o local que mais sentia dor. Era horrível pra mim e horrível pra minha família me ver sofrer e não poder fazer nada. Me ver dormindo mas ainda sim gemendo de dor pq nem dormindo eu tinha sossego da dor,ela foi minha companheira por longos anos.
Eu queria muito que meus amigos da época do meu tratamento tivessem a chance de ter essa bênção em suas vidas,pra eles terem pelo menos mais conforto em suas mortes. Mas tudo mudou quando meu médico me perguntou se eu estaria disposta a usar o cannabis,ele achou que eu seria contra por eu ser evangélica mas de prontidão eu disse SIM!
Quando comecei com o canabis eu tinha voltado pra 80mg de morfina de 4 em 4 horas. Comecei o tratamento próximo ao Natal de 2020 e foi o primeiro Natal em anos que eu pude ficar na sala confraternizando com minha família, não minto nas duas primeiras semanas tive uma larica maluca mas eu consegui me controlar.
Quando recebi meu vidrinho fiz um post no face dizendo que tinha começado a usar o milagre no vidrinho como chamo meu óleo carinhosamente ❤️ no início minha vó foi contra mas eu a perguntei se ela preferia me ver tomando canabis que não me deixaria chapada ou doidona ou ela preferia que eu voltasse a aquela quantidade absurda de remédios e ela ao ver a melhora que fui tendo ela super aceitou. Agradeço primeiramente a Deus e ao senhor D.Leandro por ter me dado uma vida,uma qualidade de vida.
Eu brinco dizendo que minha vida deu um giro de 180°graus pq só falta a cura da doença que tenho. Mas sim foi um giro de 360° graus. Não vou pra Unimed mais passei mais de dois anos sem uma crise de dor forte ao ponto de ir pro hospital. Hoje eu tomo se for muito uns 50 comprimidos ao dia,tomo 30mg de morfina de 4/4 e tem dias muito bons que consigo ficar 6h sem morfina. Tiramos os tarja preta psiquiátricos,tiramos muitos remédios a maioria que tomo hj não é fixo é mais se necessário.
Eu voltei a ser a Lorena sonhadora que eu abandonei perante o inferno de dor que passei,e oro a Deus pra que mais pessoas usem o óleo de canabis e tenham uma qualidade de vida. Não é uma vida sem dor mas comparado ao que eu sentia antes a dor de hoje não é nada já que fica em torno de nota 3 ou 4,ainda tenho dias com dor mais forte mas nem chega perto ao que eu tinha diariamente,todos os dias,todas as horas minutos e segundos da minha vida.
Hoje eu quero me formar pois adoeci aos 15 e nunca consegui concluir meu ensino médio, hoje eu penso em tocar violino que sempre foi meu sonho e eu cheguei a fazer 1 ano de aulas. Hoje eu não quero só me formar no ensino médio mas sim fazer uma faculdade.
Hoje nesse texto não Agradeço só por mim nas tb pela minha mãe que usa pra depressão como eu tb mas um muito obrigado de todos nós pacientes pela benção e qualidade de vida que vc nos proporcionou com o canabis. Você trouxe de volta as cores da minha vida que tinha se tornado somente cinza.
Agradeço a Deus pela sua vida e pela sua luta. Eu acredito que tudo tem um propósito nessa terra,minha doença, a doença do seu filho a doença de tanta gente pelo propósito, eu tirei vários ensinamentos da minha doença e sei que pela minha história estarei ajudando outras pessoas.
Não entendemos o motivo mas sabemos que nosso criador tem um propósito,se o Ben não tive nascido com a patologia que ele tem eu não estaria tendo minha vida de volta!
Obrigado milhões de vezes obrigado que Deus te abençoe muito Dr Leandro oro pela sua vida e a vida da sua família!
Categoria: Histórias de sucesso Tags: batimentos cardíacos, cannabis medicinal, Hospital das Clínicas, neurofibromatose, óleo medicinal de Cannabis