O nosso associado epilético mais “experiente”, menino, carinhosamente chamado por seus pais, nos deixou aos 39 anos de idade. Apesar da longa convivência com a doença, que determinou importantes limitações no seu desenvolvimento neuropsíquico, Rodrigo teve o privilégio de viver em um Lar acolhedor, amoroso, unido, solidário, sólido e experiente. Seus pais não mediram esforços para o cuidado com Rodrigo.  O CBD foi uma oportunidade muito positiva para o controle das crises nos últimos anos, além de ter nos proporcionado uma nova relação de amizade com seus pais.

A partida de Rodrigo deixa um aperto no peito, muita saudade para seus amigos e familiares, mas deixa um exemplo de longevidade em epilepsia refratária. Longevidade que, apesar da doença, era permeada de alegria e muito amor. Rodrigo só chegou aonde chegou pelo carinho e dedicação de seus pais. Muitos sequer chegam a vida adulta.

Muito Obrigado Júlio e Graça pela confiança, por nos receber na casa de vocês, por acreditarem no poder da cannabis medicinal, pela coragem, por superar qualquer preconceito. Vocês são pais exemplo de cuidado e respeito aos filhos especiais. Entendemos que tudo é aprendizado, o legado de Rodrigo é o que se pode aprender com sua luta pela vida. Nós da AMA+ME estamos na torcida para que o aperto no peito se transforme logo no prazer das boas recordações.

Equipe AMA+ME

rodrigo

Caros irmãos, sobrinhos e amigos, muito obrigados pela força!

O Rodrigo faleceu, com apenas 39 anos, porque o excesso de medicamentos anticonvulsivantes paralisou seu intestino, o expandiram, afetando seus pulmões e rins, com a transferência de bactérias para a circulação, o que foi fatal.

Estávamos trocando os remédios convencionais pelo Canabidiol (CBD), que é natural e não tem efeitos colaterais, o que reduziu suas crises convulsivas de 4/dia para 1/dia. A retirada dos remédios “antigos” tem que ser lenta, pois criam dependência química.

Não deu tempo: o Depakote, Gardenal, Topiramato e Cia. já haviam feito o estrago. Suas convulsões, que o fizeram ir ao hospital três vezes só neste ano, pelos tombos que levava, tiveram origem no uso contínuo desses remédios por anos a fio, já que a alternativa do CBD surgiu no Brasil só em 2014. Somos do grupo inicial que correu atrás dessa saída.

Ele lutou muito, e se despediu de nós após 17 horas de hospital e CTI. Esperamos que as novas gerações de menininhos com epilepsia se beneficiem desde cedo dessa nova forma de tratamento.

Deus o levou para cuidar dele e nós ganhamos um anjo da guarda!

Grande abraço.

Graça e Júlio (seus pais)